terça-feira, janeiro 16, 2007

Do_Outro_Lado

Poda das Árvores

Hoje parece que estava novamente a fotografar esta cena. Passei perto desta rua e lá estavam eles a fazer o seu trabalho. Ouvi do cimo das árvores, "Jovem, então hoje não trazes a máquina", sorri para eles ao mesmo tempo que faziam um gesto de uma máquina fotográfia a carregar no botão disparador.

Disparei com os olhos...foi bom voltar a encontrar estás pessoas e perceber que faço parte do seu quotidiano...

domingo, janeiro 14, 2007

Do_Outro_Lado

Recolha do lixo Avenidas Novas

Do_Outro_Lado
Exposição patente no Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
De 11 de Janeiro de 2007 a 23 de Fevereiro de 2007
[Rua da Palma, nº 246, Lisboa]
Imagens de Luìs Rocha, Rodolfo Barros e Tânia Araújo
Este trabalho pertende mostrar o lado invisível de uma cidade em movimento, das pessoas que fazem a sua manutenção, que a mantêm viva, limpa, arranjada, bonita.
Do_Outro_Lado é um levantamento fotográfico dos serviços da Câmara Municipal de Lisboa.
Hoje sei que além da sua manutenção o serviço de recolha do lixo tem outra importante missão, a de encontrar objectos pessoais dos utentes que são roubados.
Tenho que agradecer a estas pessoas o facto de terem encontrado a minha mala num caixote do lixo e de a terem entregue num local seguro. Obrigado.

A Scooby



Voltei a ir para S. Tomé, desta vez em trabalho. Estive um mês a viver noutro paìs do qual já me tinha adaptado à nova rotina. Levantar às 5h:30m da manhã, muito calor, dormir com rede mosquiteira, não beber àgua da torneira e ter cuidado com os mosquitos. Mas houve outras coisas, ao qual me habituei, novas para mim...ter cães em casa.

Sempre evitei de ter animais domésticos, são uma prisão, temos que tomar conta deles e dar-lhes atenção. O que acontece, quando nos habituamos a tê-los "obrigatóriamente" é que são eles que nos dão atenção e nos fazem companhia.

Era o caso da Scooby, mal abria a janela lá estava ela a olhar para mim, mal entrava em casa corria como louca, saltava para cima de mim e sujava-me toda, ao ponto do qual quando isso não acontecia eu já ficava preocupada.

A Scooby era a cadela da vizinha que foi uns tempos viver para a casa amarela onde fiquei instalada em S. Tomé. Em pequena parecia um cão por isso lhe puseram este nome.

Por incrível que pareça, tenho uma fotografia dela, pois eu e o Rocha temos um grave problema como fotógrafos nunca fotografamos as pessoas que conhecemos, gostamos, encontramos, ficam na nossa memória fotográfica, as lentes são os olhos, o fotograma a memória.

Voltei para Portugal, sinto-me vazia, todos os amigos estão a ir embora... S. Tomé ainda é um país virgem, genuíno...tenho saudades...

Na madrugada de dia 12 de Janeiro, soube que a Casa Amarela foi assaltada na noite que fomos embora e que a Scooby e o Sul, o outro cão da casa foram mortos. Nessa mesma noite fui assaltada em casa a dormir...

Os valores estão a morrer, as pessoas a fugir, eu e o mundo estamos tristes.

Fica no meu coração a Scooby, que protegia a casa como bom cão de guarda, que nos acarinhava sempre que podia, que nos mimava...